Não me sei definir correctamente, acredito que tudo o que muitas vezes digo não é o que acho, mas isso tem uma razão, uma simples razão. Tenho medo de dizer tudo ao mundo, tenho receio. Não quero dedos apontados nem pressões.. Sempre fui assim, sempre falei do mesmo modo, sempre olhei da mesma forma, sempre tive os mesmos tiques, sempre tive as mesmas expressões. Até hoje, somente uma pessoa soube identificar em mim quando realmente sorria por felicidade, por simpatia ou por simplicidade.
Com o tempo acredito menos naquela pequena palavra que todos dizem da boca para fora "
amo-te". Às vezes até se diz por dizer e muitas das vezes nem sabemos ao certo. Eu não com tantas certezas, mas sei admitir que podendo ter passado por tudo o que passei sei afirmar que amar só amei uma pessoa e não, não me arrependo, acredito que as outras sempre foram fases. Quanto ao amor relativo perante amigos, esse sim posso afirmar que já amei, que gostei tanto dessa pessoa e que sofri ao mesmo tempo em que as suas lágrimas percorriam o seu rosto. Mas eu sempre tentei trazer a tristeza para casa, quanto menos chorasse ao pé deles melhor era para mim, com o tempo acabei por conseguir, não digo que por meros momentos não chore à frente de todos, mas por norma não é o que mais acontece em vez disso ponho-me mal disposta, onde nessas alturas ninguém consegue arrancar nada, e assim tento ser quem sou hoje.
Não sou simples, tento ser.
Não sou diferente mas tento distinguir-me.
Porém não sou uma das melhores pessoas, mas quanto a isso não posso lutar contra algo que não nos cabe a nós decidir.
Não me orgulho do que sou nem do que sempre fui.
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