Muito bem, era isto que há tanto tempo querias.
Não só me abriste as portas para o mundo como as fechaste, porém hoje já não é bem assim. Tornaste-te ainda mais cruel. Abriste-me a porta e quando estavas para fechar pensaste duas vezes e para ser mais difícil preferiste por umas grades que me impossibilitavam conviver com o exterior.
Tu sempre pensaste em tudo, fizeste de mim um mero insecto, que a cada dia que passa faz mais alimentar o medo.
E olhando mais uma vez para o sol pergunto-me como chegou a este ponto… Sonhei a todo o custo numa possibilidade de ser feliz, de poder alcançar um mundo não só meu mas de todos, mas os sonhos nem sempre são para durar. E este sonho foi um fracasso dentro de todos os outros fracassos existentes.
Depois disto, no meu futuro, não vou ser a mesma, até porque isto fez-me ver que sinceramente nem todos têm um futuro promissor e se calhar eu encaixo-me nessa pequena caixa de cartão dos meus pesadelos. Contudo, a outra caixa, responsável pelos meus sonhos, encontra-se num lugar sem oportunidade de posse onde a chave de tudo encontra-se, talvez, em mãos erradas.
Porém, podendo não ser feliz num mundo em comum com toda a gente, eu vou ser superior ao teu mundo, àquele que ninguém orgulha nem tu próprio.
Todos os dias novas pessoas nascem e morrem, e porque será que muitas delas não crescem? Será o teu único tema de vida no meio de uma vida tão odiada?
Há dias atrás, sonhei com alguém e esse alguém dava-me um abraço que há tanto tempo esperava mas não havia pessoa possível a oferecê-lo. Abarcei num sorriso de um sonho, mas tu a cada dia que passa fazes deles cinzas.
Há algum tempo atrás talvez pediria-te perdão por nem sempre compreender tudo, mas hoje, fogo, hoje simplesmente quero esquecer uma existência perto de ti. Quero embarcar num novo barco sem acesso a ninguém, e não penses desta vez tirares-me de um rumo certo. Tu e eu nunca fomos um, nem hoje, nem amanhã isso mudaria. Eu compreendo, depois disto tudo, também não me seria justo por um ponto final noutro ponto final tão visível, porém tu continuas com a incompreensão de uma vida arrogante que a todo o custo quer apenas as almas de fantoches que criaste em cima de pessoas.
Desejo-te, sinceramente, que compreendas um final sem ponto de acesso, porque não sou eu a única que tenho de crescer, pois neste momento precisas mais tu de crescer do que eu. E quando eu crescer mais, ai sim, vou ser feliz, por ser tão superior ao teu ninho de arrogância. Quanto a ti mais vale lutares por uma mudança real do que outra passageira.
Sê feliz, como todos o merecem um dia ser. Acredito num destino distante, real e feliz para todos.
Se calhar num “eu” muito distante ainda acredito num sorriso real num futuro não muito longínquo, mas que desta vez não sejas tu a renovares uma vez mais o meu sorriso de medo.
Eu vou seguir uma vida que não sei se é o indicado para um pequeno ser. Já tu vais viver uma vida em falta de censo.

Que estrondo de texto, que historia encantadora mas que pelas leis da vida não teve um final feliz , mas a realidade é assim mesmo podem haver finais felizes ou finais menos felizes mas que outrora fizeram-nos sorrir .
ResponderEliminarBeijinho *